A "democracia" é uma pantomima encenada para enganar os burros - Áureo Alessandri.
Há trinta anos eu era um estudante de engenharia elétrica numa faculdade de padres católicos. Apesar de ser um curso de exatas bastante pragmático, nossos mantenedores religiosos faziam questão de incluir na grade curricular algumas disciplinas como Ensino religioso, Filosofia e Sociologia.
Eram disciplinas desprezadas pelos alunos em geral, inclusive por mim, mas todos eram obrigados a cursá-las gostando ou não. Basicamente se resumiam a alguns seminários e trabalhos em grupo já que essas disciplinas não eram nem de longe o foco do curso e só estavam lá pra encher linguiça.
Era início dos anos noventa e Fernando Collor, o primeiro presidente eleito na "redemocratização", recém tinha assumido o país para confiscar a poupança dos trabalhadores humildes - inclusive a minha. Receber o título de antidemocrático nessa época era quase como ser declarado leproso nos tempos de Cristo.
Senão vejamos seu significado atual, talhado não na Grécia antiga, mas no pós-revolução francesa: Democracia é um regime político no qual os cidadãos participam na criação das leis e na condução do Estado exercendo o poder da governança através de representantes eleitos.

Ironicamente, o termo "democrático" já foi (e continua sendo)
usado para designar países sob ditaduras comunistas.
Veja o exemplo da falecida Alemanha Oriental (República Democrática Alemã) e do
não menos fétido Vietnã do Norte (a República Democrática do Vietnã do pré-guerra).
Sem contar a maior deformidade da face da Terra: A China (República Democrática
Popular da China), um país escravocrata e ditatorial como nenhum outro jamais
foi.Todos se intitularam democráticos mesmo que governados por ditadores ou por
próceres do partidão vermelho escolhidos em eleições de um candidato só - sempre
um pau mandado de Pequim ou de Moscou a depender do caso e da época.
Sintomaticamente, um dos resultados disso é um país subdesenvolvido sendo ciclicamente conduzido por um bando ignaro, mal cheiroso e desonesto sem representatividade, mas com ternos caros e títulos de excelência cercados por um séquito de assessores incapazes que lhes orbita à base de cabides de emprego.
Enquanto tudo isso acontece, eu olho pra trás e me sinto gloriosamente aliviado por já ter sido rotulado como antidemocrático já que no Brasil a democracia não passa de uma pantomima mal encenada feita sob medida para enganar os burros.
